Informação profissional para a indústria de plásticos portuguesa

Quando a ‘Big Data’ é colocada ao serviço da fabricação inteligente

Juan José Colás, CCO da Lantek26/10/2020
A Fábrica Digital é muito mais do que um conceito ou uma expressão cada vez mais difundida, é uma metodologia destinada às empresas do século XXI, que devem necessariamente estar ligadas à tecnologia e à digitalização.
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Situações como a pandemia de Covid-19 deixaram claro que apenas ter um plano não é suficiente, devemos tomar medidas. A indústria deve ser digital, ou simplesmente não existirá.

Neste salto para a fábrica digital, a informação reivindicou o seu papel principal, tornando-se um dos maiores trunfos das empresas. A possibilidade se tornarem realmente ‘inteligentes’ e de fazerem a diferença num mercado competitivo vai depender da correta gestão dessa informação.

Na indústria, como noutras áreas, as necessidades de informação e processamento de dados estão a crescer a um ritmo tão elevado que é difícil dar resposta com soluções informáticas convencionais. As organizações são confrontadas com o dilema de ou estarem sobrecarregadas com os dados a processar ou não serem capazes de identificar o valor que podem extrair da informação que possuem. Seja como for, precisam mais do que nunca de filtrar e escolher os dados mais relevantes para a tomada de decisões. De acordo com um relatório da IDC, o valor de mercado global de Big Data atingirá 202 mil milhões de dólares este ano. Haverá ainda quem duvide do poder da informação?

Big Data para uma melhor análise funcional

A Big Data revolucionou significativamente a forma como abordamos soluções para problemas tradicionais, estabelecendo a utilização prática da informação e a sua análise eficaz em tempo real.

O setor industrial necessita, hoje, de uma compreensão integral do seu ecossistema empresarial para ter uma visão de 360º de todas as partes que nele intervêm, desde os mercados até aos clientes, incluindo os produtos, concorrência, trabalhadores, parceiros, fornecedores, enquadramento legal... Por conseguinte, para manter a sua competitividade, a indústria deve gerar mais valor a partir dos dados estruturados e não estruturados armazenados nos seus sistemas.

Uma implantação adequada de Big Data promoverá a tomada de decisões imediatas e melhorará a experiência do cliente. Também otimizará a aquisição de material através da identificação das tendências de vendas e ajudará nas tarefas de manutenção através da análise de dados gerados pelas máquinas. Em suma, a empresa terá a visão necessária para agir em qualquer cenário.

Tudo isto se traduz em inteligência de fabrico. Este conceito refere-se à combinação harmoniosa de um tipo de sistemas de software que são utilizados para reunir os dados de fabrico de uma empresa a partir de diferentes fontes para efeitos de relatórios, análises e gráficos visuais, bem como para a transferência de dados entre sistemas a nível da empresa e da fábrica.

Com as ferramentas analíticas certas, é possível criar uma nova estrutura que ajudará os utilizadores a encontrar o que precisam, independentemente da sua origem. O principal objetivo é converter grandes quantidades de dados de fabrico em conhecimento real e conduzir resultados comerciais com base neste conhecimento. Isto ajudará as fábricas a alcançar os seus objetivos de produtividade, eficiência e competitividade.

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Mas tirar o máximo partido desta tecnologia requer uma implementação ótima. As soluções devem ser implementadas como um sistema que permita a entrada e armazenamento de dados estruturados e não estruturados a partir de qualquer fonte. Estes dados são armazenados em sistemas de ficheiros que são categorizados para melhor compreensão.

Num segundo nível, onde as ferramentas analíticas entram em jogo, os dados são estudados e ordenados para obter resultados que, por sua vez, permitem alcançar o objetivo empresarial através da passagem a ações específicas.

No entanto, para atingir este objetivo, as empresas têm de ultrapassar desafios como a falta de especialistas qualificados em ciência de dados, a qualidade dos próprios dados, bem como aspetos relacionados com a segurança cibernética e a proteção da informação confidencial (neste ponto, o quadro jurídico é cada vez mais rigoroso). Importa ainda ter em conta que a rápida evolução da tecnologia pode causar mudanças que resultam em obsolescência informática a curto prazo.

Soluções analíticas aplicadas a Big Data são a confluência de outras ferramentas e tecnologias importantes como a IA, a Nuvem e a conectividade. Assim, a identificação correta das necessidades de cada fábrica, bem como uma composição adequada de soluções e uma metodologia correta, serão fundamentais para moldar o caminho em direção à fábrica digital.

Juan José Colás, CCO da Lantek
Juan José Colás, CCO da Lantek.

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