BP25 - InterPLAST

ENTREVISTA 11 O Plastics Summit - Global Event tem âmbito internacional e está organizado de uma forma apelativa, diferente dos comuns eventos setoriais. Que razões levaram a APIP a criar uma conferência com estas características? Este evento é, de facto, diferente dos de formato tradicional, baseados em apresentações de índole comercial. Foi pensado para promover o debate sobre temas relacionados não apenas com a sustentabilidade dos plásticos, mas dos produtos em geral, incluindo políticas de resíduos, de cidadania, sociais, económicas e ambientais. Por isso mesmo, procuramos juntar todos os 'stakeholders', não só de dentro da cadeia de valor do plástico, mas de todas as áreas, num ambiente propício ao debate aberto, em que se possa discutir tudo, com todos, numa visão holística dos desafios ambientais que o mundo enfrenta. Tudo isto, com o principal intuito de encontrar soluções para os problemas ambientais, sem fundamentalismos e em que todos os 'stakeholders' estejam alinhados. O facto de incluírem no debate posições contrárias à indústria de plásticos é uma das razões do sucesso do PSGE? Sim, sem dúvida, acredito que o segredo está em incluirmos no debate não apenas a indústria, mas todos os intervenientes do ecossistema, da produção à distribuição e consumo, num ambiente de total transparência e liberdade de expressão. Como é que o PSGE se distingue dos demais no panorama de eventos internacionais do setor? O PSGE distingue-se, antes de mais, pela sua magnitude [na primeira edição, em 2022, tivemos mais de 1000 pessoas presentes e este ano esperamos receber entre 1500 e 2000 participantes]. Além disso, distingue-se por ser um ‘silent meeting’, falado em inglês e com tradução simultânea em português, espanhol, francês e, este ano, provavelmente também em mandarim e árabe. Distingue-se também por ter um ‘Expert Committee’, composto por representantes de todos os 'stakeholders', das petroquímicas aos transformadores, recicladores, operadoras de resíduos, aos próprios media, à sociedade civil, aos decisores políticos, à academia e às OMGs, muitos deles com intervenção nos diversos painéis. Durante o mês de setembro, este grupo de personalidades irá discutir os temas do evento, em quatro sessões online, e elaborar um ‘Position Statement’ que reflita o alinhamento comum de todos os 'stakeholders'. Que objetivos definiram para esta edição? Este ano, o nosso principal objetivo é aumentar o caráter internacional do evento. Aliás, a escolha da data, dois dias antes do início da K, a maior feira internacional do setor, visa precisamente captar participantes de outros continentes, sobretudo do americano, para que o PSGE possa ganhar uma dimensão cada vez mais global. Há novidades em relação a 2022? O formato é semelhante ao de 2022, mas há algumas novidades, sim. Por exemplo, o ‘Position Statement’ que resultar desta edição vai poder ser subscrito no site do evento por entidades particulares e coletivas e será posteriormente enviado para apresentação na COP30, que irá decorrer em novembro, em Belém do Pará, no Brasil. Além disso, no dia anterior ao evento, 5 de outubro, teremos um ‘side event’ denominado ‘Women Shaping the Future’, cujo objetivo é promover o trabalho das mulheres num mundo tradicionalmente dominado por homens e onde participarão várias iniciativas internacionais de liderança feminina, como o movimento ‘Mujeres en la Manufactura’, do México, a associação ‘Women in Plastics Italy’, de Itália, e o evento ‘Mulheres que transformam’, organizado no Brasil pela Revista Plástico Sul, com o apoio especial da Abiplast, ABIEF, Simplás e Sinplast-RS. Acreditamos que este encontro irá reforçar a dimensão humana e transformadora do PSGE 2025 e será um marco inspirador que se estenderá além do evento, consolidando laços de cooperação internacional e dando palco às vozes femininas que estão a redefinir o futuro da indústria dos plásticos. Estão previstos ainda outros ‘side events’ no domingo, cujos pormenores iremos revelar mais tarde. Podemos esperar ter no evento intervenientes de países asiáticos e árabes? Como público, definitivamente, é essa a nossa expetativa. Como intervenientes, estamos neste momento em contacto com alguns 'stakeholders' no sentido de avaliar a sua participação nos painéis de discussão. Aliás, é por isso que estamos a ponderar ter tradução simultânea em mandarim e árabe. Se queremos ter um evento global, temos de garantir que a informação chega a todos. A globalidade consegue-se através da multiplicidade de idiomas. Pela primeira vez, a comunicação social também é chamada ao debate. Que razões motivaram este convite? Os media são atores muito importantes no ecossistema da sustentabilidade. Além da função clássica de informar o público, são também ‘opinion makers’ e, como tal, têm uma responsabilidade acrescida no escrutínio da informação que divulgam. Trazê-los para o debate coloca-os em

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