BP25 - InterPLAST

21 EVENTOS O painel terminou com uma nota coletiva de reconhecimento ao ecossistema industrial e académico nacional. A partilha de experiências, a inspiração cruzada entre setores e o espírito de 'também conseguimos fazer' foram apontados como motores de uma nova geração de produtos inovadores com selo português. INOVAÇÃO DIGITAL E INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL COMO ALAVANCAS DE COMPETITIVIDADE O segundo painel, moderado por José Manuel Mendonça, investigador sénior do Inesc Tec, centrou-se nas tecnologias emergentes que estão a redefinir o processo de desenvolvimento de produto. Francisco Mendes, co-founder e CEO da Make It product R&D, destacou o papel da disrupção tecnológica: “A capacidade computacional e os algoritmos evoluíram drasticamente, tornando realidade produtos que antes eram apenas fantasia”. Sublinhou ainda como a personalização em massa, impulsionada pela IA, permite adaptar soluções às necessidades individuais em larga escala e garante uma vantagem competitiva cada vez mais difícil de imitar. Para Francisco Mendes, a adoção precoce de IA é decisiva, pois “quem integra estas ferramentas agora captura dados valiosos” e não pode ficar para trás numa corrida global que vê empresas gigantes norte-americanas a liderar: “Há uma corrida internacional pelo domínio em IA e quem ficar para trás perde relevância”. Na perspetiva da sustentabilidade, o responsável explicou que a IA não é apenas uma revolução de design, mas também um motor de eficiência: “Monitorização inteligente reduz o desperdício e otimiza o consumo energético em tempo real”, libertando as equipas de tarefas repetitivas para se concentrarem em atividades de maior valor. Citou casos de assistentes de projeto – como ferramentas que geram ‘enclosures’ funcionais – e aplicações em impressão 3D metálica, robótica autónoma e gestão de redes, ilustrando como estas soluções já desbloquearam mercados antes inacessíveis. Helena Silva, do CEIIA - Centre of Engineering and Product Development, trouxe um olhar institucional para a engenharia avançada em Portugal. Explicou a aposta na computação de borda, ou ‘Edge Computing’, distribuída para diminuir a pegada energética da IA, e a importância de evoluir infraestruturas

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