BP25 - InterPLAST

22 EVENTOS de carregamento de veículos elétricos de forma inclusiva e de pensar a diversificação tecnológica de forma a envolver a comunidade local. A chief technology officer (CTO) lembrou que projetos como o CEIIA, um serviço de inteligência autonómica com mais de 25 anos, provam que a formação contínua e a interoperabilidade de normas são fundamentais para consolidar o ecossistema tecnológico nacional. Leonel de Jesus, da Iberomoldes, reforçou a maturidade do setor nacional, recordando que a empresa foi pioneira na adoção de CAD nos anos 80 e que hoje integra a IA em todo o fluxo “do conceito ao produto final”. A sua intervenção sublinhou a importância de soluções integradas – que incluem inovação, engenharia, moldes e logística – para acelerar o desenvolvimento e manter a competitividade em setores críticos como aeronáutica e automóvel. Luís Nobre, da Beyond Composite, empresa de produção de componentes em materiais compósitos avançados, abordou a transição para moldes 100% digitais, salientando o impacto na redução de desperdício e na circularidade dos materiais. Para além da tecnologia, enfatizou a capacitação das equipas: “não basta dispor de ferramentas de IA; é essencial formar as pessoas para tirarem o máximo partido destas soluções”. A utilização de impressão aditiva de grande formato e simulações preditivas via IA foi apresentada como um exemplo de como acelerar protótipos e reduzir custos de teste. Por fim, Pedro Alberto, professor na Universidade de Coimbra, realçou o valor dos dados fiáveis para garantir a robustez das simulações e a segurança das decisões automatizadas. Alertou para a necessidade de governação rigorosa dos conjuntos de dados, de forma a consolidar a confiança nos modelos de IA e evitar resultados enviesados. Ao longo do debate, surgiram ainda propostas para a criação de um ‘AI Office’ em universidades, destinado a coordenar projetos de inteligência artificial no ensino e na investigação, bem como apelos para a atualização das infraestruturas territoriais, de modo a acompanhar a adoção de novas tecnologias. O painel terminou com uma provocação de José Manuel Mendonça: “qual é a diferença real entre um produto que usa algoritmos e outro que incorpora inteligência autónoma evolutiva?”, lembrando que a verdadeira sustentabilidade passa por equilibrar inovação e consumo energético. INDUSTRIALIZAÇÃO COM PROPÓSITO: SOLUÇÕES ADAPTATIVAS PARA UM MUNDO VOLÁTIL O terceiro painel da conferência, dedicado ao tema da ‘Industrialização’, desafiou os modelos convencionais e apresentou abordagens concretas para uma produção mais inteligente, resiliente e sustentável. O painel, moderado pelo consultor Rafael Pastor, contou com intervenções de representantes da indústria, defesa e centros tecnológicos, e teve como keynote speaker Gonçalo Tomé, do Centimfe e da CIE Plasfil. O terceiro painel, dedicado ao tema da ‘Industrialização’, apresentou abordagens concretas para uma produção mais inteligente, resiliente e sustentável. “Industrializar não é apenas fabricar — é pensar toda a cadeia de valor como parte integrante da solução final", disse Gonçalo Tomé

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