BIOPLÁSTICOS E COMPOSTÁVEIS 40 Caso não sejam corretamente tratados, os plásticos biodegradáveis podem apresentar um impacto ambiental semelhante ao dos plásticos convencionais SOLUÇÕES SUSTENTÁVEIS PARA O FIM DE VIDA DOS BIOPOLÍMEROS: DA RECICLAGEM À BIODEGRADABILIDADE Beatriz Sampaio, Catarina Silva, Daniela Costa, Inês Costa, Leonor Calado, Vanessa Oliveira Pólo de Inovação em Engenharia de Polímeros (PIEP) Os plásticos são materiais indispensáveis no quotidiano moderno, amplamente utilizados devido ao seu baixo custo, elevada durabilidade e versatilidade. A sua produção tem vindo a aumentar de forma significativa para responder à crescente procura global, tendo atingido aproximadamente 414 milhões de toneladas em 2023, o que representa um aumento de 8,7% face a 2020. A indústria das embalagens é a maior consumidora de plástico, sendo responsável pelo uso de cerca de 39% do total de plástico produzido. Contudo, a dependência de recursos fósseis continua a ser uma preocupação, uma vez que 90,4% dos plásticos ainda têm origem em matérias-primas fósseis. Esta dependência contribuiu para a exploração intensiva de recursos não renováveis e, concomitantemente, para a manutenção dos níveis de emissões de CO₂ [1]. Além do impacto ambiental associado à extração dos combustíveis fósseis, os plásticos convencionais apresentam desafios no fim de vida, uma vez que a sua elevada resistência à degradação pode resultar na acumulação de resíduos plásticos em aterros, oceanos e ecossistemas naturais [2]. Face a estes desafios ambientais, os bioplásticos têm vindo a ganhar destaque como uma alternativa mais sustentável. Estes materiais procuram reduzir a dependência
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