BP25 - InterPLAST

BIOPLÁSTICOS E COMPOSTÁVEIS 44 em função do ambiente onde são descartados. Exemplos incluem a ISO 14855 para compostagem industrial, a EN 17427 para compostagem doméstica, a ASTM D6691 para ambiente marítimo e a ISO 17556 para solos. Para que um plástico seja certificado como compostável, deve cumprir normas específicas, como a EN 13432 (aplicável a embalagens na Europa), a EN 14995 (para plásticos que não sejam embalagens), a ISO 17088 ou a ASTM D6400 (nos EUA). Estas normas avaliam quatro critérios principais: composição química, biodegradabilidade, capacidade de desintegração e efeitos de ecotoxicidade. Atualmente, o PIEP encontra-se a implementar o estudo da biodegradabilidade segundo a norma ISO 14855-2, de forma a responder às necessidades atuais da sociedade e do mercado. Caso não sejam corretamente tratados, os plásticos biodegradáveis podem apresentar um impacto ambiental semelhante ao dos plásticos convencionais [10]. A rotulagem adequada dos produtos biodegradáveis é essencial para informar corretamente sobre as condições ideais de degradação e evitar falsas perceções ambientais, contribuindo para uma gestão mais eficaz do seu fim de vida. Embora representem uma solução promissora, os plásticos biodegradáveis devem ser integrados em sistemas de gestão de resíduos bem definidos, que assegurem a sua degradação eficiente e ambientalmente responsável. O PIEP, através da participação no projeto ‘Vital’ e do desenvolvimento de estudos próprios sobre diferentes biopolímeros, posiciona-se como um agente ativo na inovação em materiais sustentáveis. A sua atuação foca-se tanto na otimização dos processos de reprocessamento de biopolímeros, como na implementação de metodologias robustas para a avaliação da biodegradabilidade em condições controladas. REFERÊNCIAS [1] ‘Plastics – the fast Facts 2024 • Plastics Europe’. Accessed: Apr. 29, 2025. [Online]. Available: https://plasticseurope.org/knowledge-hub/plastics-the-fast-facts-2024/ [2] M. Islam, T. Xayachak, N. Haque, D. Lau, M. Bhuiyan, and B. K. Pramanik, ‘Impact of bioplastics on environment from its production to end-of-life’, Process Safety and Environmental Protection, vol. 188, pp. 151–166, Aug. 2024, doi: 10.1016/J. PSEP.2024.05.113. [3] ‘Bioplastics – European Bioplastics e.V.’ Accessed: Apr. 29, 2025. [Online]. Available: https://www.european-bioplastics.org/bioplastics/ [4] The Royal Society of Chemistry, ‘The-future-of-recycling’. Accessed: Apr. 29, 2025. [Online]. Available: https://www.rsc.org/globalassets/22-new-perspectives/sustainability/progressive-plastics/explainers/rsc-explainer-4—-the-future-of-recycling.pdf [5] The Royal Society of Chemistry, ‘Mechanical-recycling’, Accessed: Apr. 29, 2025. [Online]. Available: https://www.rsc.org/globalassets/22-new-perspectives/sustainability/progressive-plastics/explainers/rsc-explainer-5—-mechanical-recycling.pdf [6] ‘The Circular Economy for Plastics – A European Analysis 2024 • Plastics Europe’. Accessed: Apr. 29, 2025. [Online]. Available: https://plasticseurope.org/knowledge-hub/the-circular-economy-for-plastics-a-european-analysis-2024/ [7] European Bioplastics, ‘Biodegradables and material recycling- -a paradox?’, 2025. Accessed: Apr. 30, 2025. [Online]. Available: https://docs.european-bioplastics.org/publications/pp/2025/ EUBP_PP_Biodegradables_Sorting_Material_recycling [8] European Bioplastics, ‘End-of-life options for bioplastic products’, European Bioplastics. Accessed: Apr. 30, 2025. [Online]. Available: https://docs.european-bioplastics.org/publications/ pp/EUBP_PP_EOL_options_for_bioplastic_products.pdf [9] A. Lamtai, S. Elkoun, M. Robert, F. Mighri, and C. Diez, ‘Mechanical Recycling of Thermoplastics: A Review of Key Issues’, Waste 2023, Vol. 1, Pages 860-883, vol. 1, no. 4, pp. 860–883, Oct. 2023, doi: 10.3390/WASTE1040050. [10] ‘ISO 17088:2021 - Plastics — Organic recycling — Specifications for compostable plastics’. Accessed: Apr. 30, 2025. [Online]. Available: https://www.iso.org/standard/74994.html A construção de soluções mais sustentáveis para os plásticos exige uma abordagem integrada ao longo de toda a cadeia de valor, desde a escolha dos materiais até ao fim de vida. Neste percurso, o PIEP assume um papel ativo, trabalhando em estreita colaboração com a indústria, a academia, os consumidores e a comunidade, promovendo não só a inovação e o conhecimento técnico, mas também a sensibilização para uma gestão mais consciente dos recursos. n

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