BP25 - InterPLAST

BIOPLÁSTICOS E COMPOSTÁVEIS 46 significativas na Europa, os resíduos de matadouro (conteúdos da pança ou do ruminadouro) e as lamas de papel e polpa, para produzir PHA rentáveis para aplicações agrícolas e de cuidados pessoais, através do coprocessamento com outros resíduos orgânicos como as lamas da indústria de laticínios e o glicerol da indústria do biodiesel, bem como a recuperação de nutrientes para produzir fertilizantes de base biológica. A integração destes fluxos de resíduos como matérias-primas de biorrefinaria permitirá reduzir os volumes de resíduos depositados em aterros, abrir novas vias para a produção de produtos químicos e bioplásticos e, ao mesmo tempo, criar receitas adicionais para as indústrias que as geram, com as vantagens adicionais da reciclagem da água, diminuição da degradação do solo, bem como da contaminação das águas subterrâneas e das emissões de metano. O PHA pertence a uma família de polímeros de origem 100% biológica com propriedades de biodegradabilidade versáteis na maioria dos ambientes, recicláveis e que apresentam uma vasta gama de propriedades físicas e mecânicas em função da sua composição química, desde o poli(- 3-hidroxibutirato-co- 3-hidroxivalerato) (PHBV) muito flexível até o polihidroxibutirato (PHB) rígido, apresentando propriedades semelhantes a alguns materiais de origem fóssil como o polipropileno (PP) e o polietileno (PE), bem como melhores propriedades de barreira contra gases e líquidos que outros bioplásticos como o ácido polilático (PLA), sendo uma boa alternativa biodegradável e compostável em aplicações agrícolas e de cuidados pessoais [3]. Um dos objetivos é maximizar a produção de AGV derivados da fermentação acidogénica e, para tal, pretende-se otimizar o processo através de tecnologias inovadoras, como a utilização de um biorreator anaeróbio de membrana (AnMBR). O projeto contribui para a economia circular ao promover a sustentabilidade e o ‘resíduo zero’, demonstrando a viabilidade técnica da recuperação de nutrientes da corrente residual (digestato) através de um processo híbrido autótrofo-heterótrofo de cultivo de microalgas que, por sua vez, gera a produção de um biofertilizante. Figura 1. Ellipse. Diagrama resumo do processo. Figura 2. Fases do projeto Ellipse

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