BP25 - InterPLAST

5 Engel amplia quota de mercado num cenário de incerteza global O grupo Engel encerrou o ano fiscal de 2024/25 com uma faturação de aproximadamente 1,5 mil milhões de euros. Apesar da contínua deterioração das condições do mercado, o fabricante de máquinas de injeção manteve-se firme face aos seus concorrentes europeus e continuou a aumentar a quota de mercado, impulsionado pela inovação e estratégias regionais específicas. O último ano fiscal foi marcado por uma menor atividade de investimento e uma queda significativa nas encomendas em todos os setores industriais. Neste cenário, apesar de ter registado uma queda nas receitas de quase 10% em comparação com o ano anterior, a Engel aumentou sistematicamente a sua quota de mercado em vários setores e regiões. Enquanto o setor automóvel continua a enfrentar incertezas estruturais, cresce o interesse por soluções para a construção leve e materiais alternativos. Na injeção técnica, a Engel conseguiu reforçar a posição no mercado graças à sua experiência em tecnologia de aplicações, apesar da conjuntura de incerteza. A divisão de embalagens mostrou-se muito mais resistente, beneficiando de um aumento da procura. A divisão médica manteve-se estável, e o interesse sustentado por aplicações específicas ajudou a compensar uma ligeira queda geral. Sede do Grupo Engel em Schwertberg, Austria. EDITORIAL Nesta 25.ª edição da InterPlast, voltamos a colocar o foco na força transformadora da indústria de plásticos - uma força que não é apenas tecnológica, mas estratégica, resiliente e cada vez mais sintonizada com os desafios ambientais e económicos do nosso tempo. Em jeito de antevisão do próximo Plastics Summit - Global Edition, conversámos com Pedro Paes do Amaral, vice-presidente executivo da APIP e diretor executivo do evento, que nos deixa uma mensagem clara: encontrar uma solução para os desafios ambientais exige o envolvimento de todos os elementos do ecossistema da sustentabilidade num debate aberto e sem fundamentalismos. Leia a entrevista completa na página 10. Neste caminho da indústria para um futuro mais verde, importa salientar o papel crucial das equipas de desenvolvimento de produto. O tema foi amplamente debatido na nona edição da conferência ‘Design 2 Product 2025’, cuja reportagem reproduzimos na página 18. Neste número, debruçamo-nos igualmente sobre o novo regulamento europeu das embalagens (PPWR), que impõe uma reconfiguração profunda da cadeia de valor, mas que também abre portas à inovação e à diferenciação competitiva. Ainda no campo da sustentabilidade, damos destaque a temas incontornáveis como os bioplásticos e os compostáveis, materiais que continuam a gerar debate, mas que devem ser encarados com pragmatismo técnico e ambição estratégica. Discutimos os seus desafios, mas também o seu potencial de integração, em articulação com soluções para o fim de vida dos materiais, da reciclagem à biodegradabilidade. Destaque também para o caderno que preparámos sobre tecnologias de reciclagem. São estas inovações que vão permitir fechar o ciclo dos materiais e consolidar, com base científica e industrial, o conceito de economia circular no universo dos plásticos. Mais do que uma compilação de artigos, esta edição da InterPlast é um reflexo de um setor que não se limita a reagir, mas que constrói. Que assume responsabilidades, sim, mas que exige ser ouvido com base em conhecimento, dados e propostas concretas. É esta voz, informada e mobilizadora, que continuaremos a amplificar. Boas leituras! Um setor com rumo e com voz

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