BP25 - InterPLAST

50 BIOCOMPÓSITOS De acordo com a Future Market Insights, espera-se que o mercado mundial de biocompósitos aumente para uma CAGR (taxa de crescimento anual composta) sólida de 16%, de 25 mil milhões de dólares em 2021 para 128 mil milhões de dólares em 2032. Um fator chave que impulsiona este crescimento é a sustentabilidade dos materiais relativamente ao ambiente. Fabricados a partir de recursos renováveis como as fibras naturais, os biocompósitos têm um impacto menor no ambiente do que os compósitos tradicionais derivados de matérias-primas fósseis ou não recicláveis. A INCRÍVEL UTILIDADE DA AZEITONA Uma matéria-prima que ultimamente tem atraído as atenções é o caroço de azeitona, um subproduto obtido no lagar. O fabrico do azeite implica a compressão da azeitona (inteira), produzindo um resíduo sólido de polpa, pele e caroços fragmentados. No passado, os caroços de azeitona crus eram utilizados principalmente para a combustão. Segundo o Conselho Oleícola Internacional, estima-se que na campanha 2021/22 tenham sido produzidas 3,1 milhões de toneladas métricas de azeite, 2,9% mais do que no ano anterior. Esta produção traduz-se numa enorme quantidade de bagaço de azeitona sobrante, cuja eliminação representa um desafio, devido ao teor de gordura e sal contidos neste material. Felizmente, têm surgido inovações e novas tecnologias para valorizar este fluxo de resíduos: os caroços de azeitona podem ser convertidos em pós funcionais de alto desempenho, aditivos totalmente circulares com as propriedades pretendidas para as fórmulas compostas modernas. Entre as novas tecnologias encontramos máquinas especializadas utilizadas para processar a pasta de azeitona fresca em estado húmido, separando os fragmentos do caroço de azeitona da polpa e da casca através de um processo de centrifugação. Em seguida, os fragmentos passam por um processo de limpeza de forma mecânica, bem como pela secagem, peneiração e micronização em frações de partículas bem definidas. Através deste processo de tratamento complexo, a BioPowder recupera pós de cor bege claro, com odor e sabor neutros. Estes aditivos naturais, que a BioPowder comercializa como Olea FP (Pós funcionais), podem ser ainda mais funcionais, o que os converte em componentes valiosos para uma enorme variedade de aplicações. APLICAÇÕES DO CAROÇO DE AZEITONA REFINADO EM COMPÓSITOS O material base do Olea FP, caroços de azeitona refinados, é composto essencialmente de celulose, hemicelulose e lignina. Trata-se de um material orgânico que se destaca entre as outras biomassas pelas suas propriedades únicas. Como resultado, os pós micronizados de caroço de azeitona são potentes cargas funcionais, fibras de reforço e partículas de textura para materiais compósitos. A sua incorporação em formulações de materiais oferece possibilidades infinitas. Nos compósitos termoplásticos (por exemplo, PP, PE, PLA, PHA, entre outros), os pós de caroço de azeitona funcionais são melhor incorporados na fase de pré-mistura ou pré-aquecimento do processo de composição. A dispersão suave e a estabilidade das partículas garantem uma funcionalidade fiável tanto em compósitos convencionais como biodegradáveis, e é possível obter resultados semelhantes em filamentos para impressão 3D. Em compósitos de resina termoestáveis, o Olea FP pode adicionar propriedades de reforço, bem como efeitos de textura únicos. Os tamanhos de grão à medida e as partículas com cor abrem novas portas para a bioinovação, como no campo dos compósitos de metacrilato de metilo (MMA) ou os revestimentos epoxídicos. A borracha é uma das principais fontes de microplásticos, sobretudo devido à abrasão dos pneus dos veículos ou das solas dos sapatos. Encher os compósitos de borracha sintética com pós naturais de caroço de azeitona pode ajudar a reduzir o impacto ambiental e, ao mesmo tempo, melhorar a vida útil e as propriedades mecânicas. Nos compósitos cimentosos, como o betão armado, o pó de caroço de azeitona pode potenciar a aderência e o acabamento superficial do material, enquanto adiciona resistência e durabilidade. O mesmo ocorre nos compósitos cerâmicos, em que as partículas são também potenciadores eficazes da porosidade. O material base do Olea FP, caroços de azeitona refinados, é composto essencialmente de celulose, hemicelulose e lignina.

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