BP25 - InterPLAST

51 BIOCOMPÓSITOS BENEFÍCIOS DOS PÓS FUNCIONAIS DE CAROÇO DE AZEITONA PARA APLICAÇÕES DE COMPÓSITOS Descobriu-se que os pós funcionais de caroço de azeitona possuem propriedades mecânicas desejáveis que o tornam num candidato potencial para utilização na indústria dos compósitos. Vantagens dos pós funcionais de caroço de azeitona para aplicações de compósitos: • Alta resistência à compressão e à abrasão. Com uma dureza de, aproximadamente, 3,5 na escala de Mohs, as partículas fabricadas a partir de caroços de azeitona pulverizados conseguem suportar o desgaste. Este fator torna-as especialmente adequadas para compósitos para transporte com uma longa vida útil. • Peso leve. A densidade dos pós de caroço de azeitona é apenas uma fração da densidade das cargas inorgânicas, como os pós minerais ou metálicos. Por este motivo, tornam- -se uma solução bastante solicitada para peças compostas leves que são muito requisitadas no setor automóvel, naval ou aeroespacial. • Estabilidade térmica e isolamento. As partículas Olea FP foram concebidas para compósitos fabricados a elevadas temperaturas de processamento ou que devem ter resistência térmica. Além disso, apresentam propriedades de retenção do calor superiores à média que podem ser aproveitadas nos compósitos para construção. • Funcionalização versátil da superfície. As partículas de caroço de azeitona têm uma superfície reativa, formada principalmente por grupos hidroxila. Nas aplicações de compósitos, este efeito pode ser aproveitado ou suprimido de acordo com a funcionalização da superfície. A BioPowder disponibiliza tratamentos de superfície à medida para garantir uma excelente compatibilidade do Olea FP com diferentes produtos químicos diferentes. • Otimização da pegada de carbono. As partículas do caroço de azeitona são fabricadas de forma 100% mecânica, ou seja, apenas é necessário utilizar a eletricidade. A utilização de água é mínima e a produção não gera resíduos. O mais notável é que a oliveira é uma das plantas que absorve maiores quantidades de CO2. Está comprovado que se produz, aproximadamente, 1,5 kg de CO2 por litro de azeite virgem extra. Contudo, um olival pode absorver até 10 kg de CO2 durante o cultivo da quantidade equivalente de azeitonas. Fonte da imagem: Valvez, S.;Maceiras, A.; Santos, P.; Reis, P.N.B. Caroços de azeitona como enchimento para compósitos à base de polímeros: A Review. Materials 2021, 14, 845. https://doi.org/10.3390/ma14040845 NO BOM CAMINHO Embora ainda haja trabalho por fazer para que os biocompósitos se convertam na norma e não na exceção, existem indícios que sugerem que o setor avança na direção certa. A avaliação do ciclo de vida converteu-se numa norma do setor. A pegada de carbono das matérias-primas é um critério central nas decisões de compra. No meio da diversidade de fórmulas de biocompostos, os fabricantes e os utilizadores finais valorizam cada vez mais a compostabilidade em relação à degradabilidade industrial e a base vegetal em relação à fóssil. Com isto em mente, a BioPowder espera associar-se às empresas para criar um mundo melhor para as gerações futuras. n

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