BP8 - InterPlast

34 EMBALAGEM No caso dos plásticos reciclados, o odor pode provir não só de compos- tos que possam ter sido gerados pela degradação ambiental ou térmica após a utilização, mas também daqueles produzidos durante o processo de reciclagem, tais como a degradação do próprio polímero, aditivos plásticos ou substâncias com as quais o mate- rial tenha estado em contacto. Além disso, uma vez que os polímeros podem absorver compostos voláteis da sua utilização anterior, substâncias como as fragrâncias podem ser encontradas. Outra causa menos comum pode ser o armazenamento inadequado das embalagens. Nestes casos, tanto as condições ambientais (humidade, tem- peratura) como a presença de outras embalagens que emitam substâncias, podem causar odores indesejados. ANÁLISE INSTRUMENTAL Os problemas de odor são geralmente causados por substâncias com alta volatilidade, ou seja, moléculas que passam para um estado de vapor a temperaturas relativamente baixas (< 100°C). Algumas destas substân- cias podem ser encontradas em concentrações inferiores a mg/kg, pelo que é necessário utilizar técni- cas cromatográficas com sistemas universais de deteção, tais como espectrometria de massa (EM) ou ionização de chama (FID), a fim de as detetar. Uma vantagem destas técnicas sobre a análise sensorial é que permitem a quantificação indi- vidual dos componentes. Dadas as características deste tipo de teste, a técnica consiste em intro- duzir a amostra em frascos selados que passam por uma fase de aqueci- mento onde os voláteis são libertados no ‘headspace’ e são introduzidos no cromatógrafo convertendo estas subs- tâncias num sinal mensurável que será representado graficamente num cromatograma. Um aspeto das téc- nicas cromatográficas que deve ser considerado é que elas não distin- guem entre compostos voláteis que produzem odor e aqueles que não o produzem. Nos últimos anos, a cromatografia de gás com deteção olfactométrica (GC- O) complementou os resultados das técnicas acima referidas, permitindo a quantificação de compostos voláteis, mas também a identificação dos que contribuempara o odor. Isto é possível porque os compostos voláteis pre- sentes na amostra examinada, além de serem analisados por um detetor químico, fluem individualmente para um porto olfactométrico onde são percebidos por um técnico que é res- ponsável pela avaliação e atribuição de um descritor olfativo a cada pico cromatográfico que produz odor. No entanto, esta técnica tem algumas desvantagens, uma vez que requer formação especiali- zada do analista, que só pode avaliar um número limitado de substâncias por dia. Uma metodologia adicio- nal para processar odores de materiais plásticos é o ‘nariz eletrónico’. Consiste num sistema eletrónico com capacidade ana- lítica cujo objetivo é detetar os compos- tos voláteis que fazem parte de uma amostra, sendo assim capaz de a reco- nhecer ou discriminar dentro de um grupo de substâncias odoríferas. Entre as vantagens da utilização do nariz eletrónico está a velocidade, precisão emaior capacidade de processamento de amostras. Além disso, previne a exposição humana a substâncias perigosas ou de cheiro desagradá- vel. Uma das principais desvantagens desta técnica é a necessidade de programar o nariz eletrónico para relacionar as respostas obtidas com os diferentes aromas, o que requer muito tempo e o processamento de um elevado número de amostras. Mais recentemente, começou a ser utilizado um tipo de nariz eletrónico baseado na espectrometria de massa, que também fornece informações sobre a composição da fração volátil da amostra. POSSÍVEIS SOLUÇÕES PARA PROBLEMAS DE ODORES Existemnumerosas técnicas para resol- ver potenciais problemas C M Y CM MY CY CMY K

RkJQdWJsaXNoZXIy Njg1MjYx