Graças ao projeto Lide Multibiosol, foi desenvolvido um novo bioplástico totalmente biodegradável no solo.
Graças ao projeto Life Multibiosol, foi desenvolvido um novo bioplástico, totalmente biodegradável no solo, evitando a gestão de resíduos e danos ambientais.
Os produtos Multibiosol foram sujeitos a testes no laboratório para verificar a funcionalidade e qualidade do bioplástico, comparando as suas propriedades mecânicas e de permeabilidade com as dos plásticos agrícolas convencionais.
Foi também testada a biodegradabilidade do plástico com vista à obtenção da certificação ‘OK biodegradable soil’. Os ensaios incluíram ainda testes à concentração de metais pesados, sólidos voláteis e ecotoxicidade.
Posteriormente, os produtos Multibiosol foram testados em 3 países, em diferentes culturas. Inicialmente, foram feitos ensaios pré-colheita para validar a qualidade das culturas e dos bioplásticos. Posteriormente, foram realizados testes de validação pós-colheita em culturas hortícolas (acolchoamento) e em frutos (com sacos). Foram realizados ensaios em pequena e grande escala para verificar as mudanças na qualidade do solo e das culturas.
Foram avaliados diferentes parâmetros para verificar o efeito do bioplástico Multibiossol em comparação com os resultados obtidos com os plásticos convencionais. Os ensaios incluíram o controlo:
Os produtos Multibiosol foram desenvolvidos em três fases correspondentes a testes de demonstração nos campos. A evolução dos resultados de cada teste (2015-2018) ajudou a melhorar a qualidade do produto e a otimizar o processo de produção.
No acolchoamento, as análises do solo indicaram que a concentração de oligoelementos no solo aumentou no final da estação. Registou-se um efeito positivo com o uso de Zinco, Manganês, Ferro e Boro. No entanto, devido aos resultados obtidos no que diz respeito aos requisitos do solo e aos limites de metais pesados no plástico para a certificação de biodegradabilidade, o oligoelemento escolhido para ser adicionado ao bioplástico foi o Boro. No futuro, os bioplásticos Multibiosol poderão ser produzidos de acordo com as especificações e necessidades de cada local de aplicação, oferecendo assim um produto ‘à la carte’.
Por último, foi analisado o custo económico dos bioplásticos e, sim, o custo/kg dos materiais biodegradáveis é superior ao dos plásticos PEBD (convencionais). No entanto, ao considerar o preço de retirada do PEBD (200-400€/ha em média) e os descontos atualmente aplicados aos plásticos biodegradáveis, o custo total (€/ha) da utilização de plásticos biodegradáveis é inferior ao custo da utilização do PEBD. Infelizmente, a lei não obriga nem controla a recolha de plásticos convencionais.
Este projeto foi coordenado pela AITIIP em colaboração com a PCTAD, EEAD-CSIC, Archa, Transfer Consultancy, CAA e GroenCreatie.
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