Este fenómeno pode, ainda, ser agravado, num contexto em que o comércio eletrónico apresenta um crescimento exponencial, representando já uma subida de 6% no valor médio de compras em Portugal, no início do mês de maio.
Para fazer face a esta incerteza no momento de reciclar, a DS Smith publicou os seus ‘Princípios de Design Circular’, com o objetivo de ajudar as empresas a desenvolver embalagens tendo em conta a sua posterior reutilização e reciclagem, de modo a que se torne mais fácil para as pessoas fazer parte da Economia Circular. Estes princípios foram desenvolvidos em colaboração com a Fundação Ellen MacArthur, líder mundial em economia circular.
Numa situação de dúvida sobre a possibilidade de reciclar determinada embalagem, 41% dos europeus preferem “agir pelo seguro” e acabam por colocar os resíduos num contentor de lixo comum. A falta de informação e a sua complexidade nas diversas embalagens é apontada como uma das principais razões para esta dificuldade.
Assim, um total de 39% dos europeus admitiram ter colocado embalagens no lixo geral, quando achavam que poderiam ter sido recicladas, sendo que 24% revelaram como principal razão a falta de clareza do rótulo.
No estudo da DS Smith, estas pessoas são classificadas como “recicladores anti-risco”, destacando que metade da população europeia aumentaria os seus níveis de reciclagem, se a rotulagem de produtos fosse mais clara e evidente. Esta reciclagem “anti-risco” pode custar à economia 1.864 milhões de euros por ano.
Ignacio Montfort, managing director da DS Smith Ibéria, sublinha: “Os cidadãos têm uma grande vontade de ajudar a minimizar os seus impactos na crise climática, mas muitas embalagens ainda não são recicláveis, e as pessoas têm dúvidas de quais devem ir para cada contentor. Lançámos os nossos “Princípios de Design Circular”, com o objetivo de ajudar as empresas a evoluir e a satisfazer as necessidades dos cidadãos. Graças a este conjunto de princípios, podemos desenvolver tendo em conta a reciclabilidade, antever que tipo de resíduos iremos gerar e criar packaging que encaixe num modelo de Economia Circular, facilitando a rotulagem para ajudar os consumidores a reciclar mais”.
‘Recicladores esperançosos’
Por outro lado, existem os “recicladores esperançosos”, que representam 27% dos europeus, que, perante a incerteza sobre se as suas caixas, garrafas e recipientes podem ser reciclados, colocam-nos no contentor de reciclagem, na esperança de terem feito o mais correto.
Mais de metade (54%) das pessoas admitiram colocar, indevidamente, lixo na reciclagem e, entre elas, 38% justificaram esta ação pelo seu desejo de reciclar, apesar de não saberem qual o contentor correto.
Quase um terço da população europeia (29%) afirmou que já colocou algo nos contentores de reciclagem que ainda continha comida e bebida, o que contaminará a reciclagem. Além disso, um quinto (21%) dos europeus confessaram que raramente ou nunca verificam os rótulos antes de colocar um produto para reciclar.
No entanto, os dois grupos sofrem do mesmo problema, ou seja, regras de reciclagem pouco claras e informações complexas nas embalagens.
Neste contexto, os “Princípios de Design Circular” da DS Smith visam, não apenas facilitar a reciclagem, mas evitar a geração de resíduos, prolongar a vida útil de produtos e materiais e contribuir para a proteção do meio ambiente. Tudo isso sob a premissa de que o modelo de Economia Circular beneficia o meio ambiente e pode impulsionar o crescimento da indústria de embalagens.
Os cinco “Princípios de Design Circular” da DS Smith são:
1. Protegemos marcas e produtos - Os designers devem sempre garantir que a embalagem protege eficazmente o seu produto. Produtos danificados devido a embalagens inadequadas têm um impacto económico e ambiental.
2. Não usamos mais material do que o necessário - O uso otimizado de materiais de embalagem economiza recursos e reduz os resíduos.
3. Desenvolvemos para a eficiência do ciclo de fornecimento – Os nossos designers impulsionam a eficiência, desenvolvendo embalagens que facilitam o acondicionamento no transporte durante o processo de entrega.
4. Mantemos os materiais de embalagem em uso - Eliminamos os resíduos, mantendo os produtos de embalagem em uso durante o maior tempo possível. Podemos “fechar o ciclo” para os clientes em 14 dias, reciclando embalagens em novos produtos.
5. Encontramos uma melhor alternativa – capacitamos os nossos designers a desafiar o status quo e a apoiar os clientes na trajetória para uma economia circular.
Para complementar o lançamento dos “Princípios de Design Circular”, a DS Smith disponibilizará um workshop virtual no dia 24 de junho. Para mais informações sobre o evento, clique aqui.
Estes dados são resultado do estudo desenvolvido pela OnePoll, para a DS Smith, de 22/02/2020 a 02/03/2020. Contou com uma amostra de 9.000 pessoas, em Itália, Alemanha, Espanha, Polónia, França, Reino Unido e Bélgica, com mais de 18 anos.
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