O calor do verão e a água estagnada são o cocktail ideal para a propagação de mosquitos. De facto, qualquer lugar ou recipiente, por pequeno ou grande que seja, será um campo fértil para estes insetos se reproduzirem: poços, esgotos, bacias de rega, bidões, baldes, pratos, panelas... etc. O mosquito é um vetor de doença tanto para o homem como para os animais, pelo que o controlo de pragas é de importância fundamental para a saúde pública.
Sabe-se que os mosquitos se reproduzem frequentemente dentro dos pneus deixados ao ar livre. Após uma chuva intensa, os pneus velhos acumulam água, tornando-os um local ideal para a reprodução. A forma oca do pneu reproduz perfeitamente o habitat de reprodução. A água acumula-se neles e os mosquitos põem os seus ovos nas paredes de borracha muito naturalmente. Os mosquitos demorarão apenas dez a catorze dias a desenvolverem-se e a tornarem-se adultos.
De facto, peritos da OMS (Organização Mundial de Saúde) salientam que muitas doenças como a dengue, chikungunya e o vírus do Nilo provêm principalmente do mosquito tigre, que entra na Europa, muitas vezes, como resultado do tráfego de pneus usados provenientes do Sul da Ásia.
Barcos carregados com pneus usados aportam regularmente em portos de todo o mundo, transportando involuntariamente larvas de mosquito tigre. Este é outro efeito da globalização, que favorece a invasão biológica de espécies não nativas em locais invulgares, causando disfunções ecológicas e problemas de saúde como o recente surto do vírus do Nilo Ocidental na região espanhola de Andaluzia.
A correta gestão, tratamento e reciclagem dos pneus usados assume assim um papel fundamental, não só para o ambiente, mas também para a saúde e bem-estar de todos.
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