Desenvolvido no âmbito do projeto 'PortugalFoods_Qualifica', a iniciativa 'Embalagem: Tendências e Oportunidades' coloca o foco na relação do consumidor com a embalagem, debatendo e analisando aspetos que incluem a funcionalidade, a oportunidade para o consumo, a confiança e, até, a emocionalidade associada a produtos e marcas.
Ainda que possa ser pouco considerada por alguns, a realidade é que a embalagem é o primeiro contacto físico de qualquer produto com o consumidor. Soluções funcionais, que se apresentem com formatos que privilegiem comodidade e conveniência (em função e em preço) e que transmitam valores intrínsecos (como os relacionados com a ação responsável das marcas) são oportunidade para conquistar a atenção do consumidor e fazer mudar a sua decisão no momento da compra.
No entanto, além destes critérios primários, que o consumidor privilegia nos produtos elementares, continuam a existir os desejos mais indulgentes, os aspiracionais. Nesses, o consumidor está disposto a investir mais um pouco, desde que lhes reconheça as qualidades que aumentam o seu valor no momento da decisão, por exemplo, através de embalagens que permitam uma maior durabilidade dos produtos, uma melhor preservação ou arrumação.
As oportunidades para responder às motivações e necessidades do consumidor passam por novos modelos de apresentação do produto no ponto de venda e pelos formatos económicos, destacando igualmente os atributos de segurança e higiene. Não são de desconsiderar os atributos relacionados com a responsabilidade ambiental das embalagens e seus formatos.
A embalagem desempenha um papel significativo na forma como os consumidores encaram a higiene e segurança dos produtos que levam para as suas casas e para as suas famílias. A preocupação com o contágio continuará a motivar a aposta na inovação, com novos materiais e novas estruturas de embalagem.
A embalagem tem aqui um papel fundamental na medida em que transporta um sentido de segurança física e emocional. Física porque mantém íntegros os produtos para a sua função, e emocional porque pode ter a possibilidade de, através de soluções inovadoras na usabilidade, transmitir uma maior segurança em relação aos receios mais eminentes neste período de pandemia.
Este sentimento de segurança é também uma tendência de futuro. A expectativa é que as embalagens apresentem, de forma mais generalizada, características antivirais e sistemas de verificação de origem e produtor através de tecnologias como blockchain.
A embalagem assumirá cada vez mais o papel de mensageiro para a diferenciação entre marcas e, principalmente, para tornar evidentes os valores próprios que respondem às preocupações e aspirações dos consumidores. Esta é também uma oportunidade. A capacidade de usar a embalagem como um meio para estabelecer e construir uma relação com o consumidor, não só através das mensagens que partilha, mas também através das funções que apresenta.
A consciência das marcas relativamente ao nível de frustração dos consumidores sobre, por exemplo, a falta de transparência e a omissão, é uma oportunidade para melhorar e a embalagem é um dos meios para o conseguir. Embalagens responsáveis, que são produzidas, transportadas e eliminadas de forma responsável têm maior probabilidade de serem escolhidas no linear. No entanto, esta tendência será tanto mais verificável quanto o princípio da responsabilidade se aplicar a toda a atividade da marca.
Melhor informação e sinalética e comunicação mais eficazes nas embalagens são aspetos que os consumidores valorizarão cada vez mais e que serão preponderantes no momento da compra.
O webinar 'Embalagem: Tendências e Oportunidades' está integrado no projeto PortugalFoods_Qualifica que tem como objetivo sensibilizar e dinamizar o tecido empresarial do setor agroalimentar nacional para os desafios do futuro, através da partilha de conhecimento e divulgação de tendências e boas práticas em temas relacionados com Inovação Tecnológica, a Indústria 4.0, a Economia Circular, a Economia Digital e a Literacia Financeira.
Este projeto é financiado pelo COMPETE2020, Portugal2020 e União Europeia através do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional.
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