Entrevista com António Proença, diretor comercial da Exponor
Depois de um período particularmente difícil para os centros de exposições, a EMAF volta a Matosinhos nos dias 1 a 4 de dezembro. Nesta entrevista, António Proença, diretor comercial da Exponor, desvenda um pouco do que podemos esperar da 18ª edição daquela que é considerada por muitos como a principal feira industrial portuguesa. Entre as novidades, destaque para a Bolsa de Emprego, uma iniciativa que disponibiliza aos visitantes diversas oportunidades oferecidas pelas empresas expositoras, e para a novíssima plataforma digital E+E EMAF.
O mercado reagiu bem. A EMAF é a maior feira vocacionada para a indústria realizada em Portugal. É um ponto fulcral no contacto das empresas com os seus clientes. E foi esse aspeto, a necessidade que as empresas têm de estar com o mercado que fez com que, de parte a parte, fornecedores e clientes mantivessem o interesse permanente na realização do evento, também como forma de renovarem a sua aposta na internacionalização de tecnologias, na inovação industrial e no conhecimento técnico especializado.
A EMAF é pensada para empresários, consultores, projetistas, gestores e decisores das mais variadas áreas industriais e a feira prepara-se para, essencialmente, apresentar respostas aos mais recentes desafios da era da Indústria 4.0 e da Digitalização, bem como promover networking e a partilha de ideias e atividades de negócio. Os setores em exposição são, por isso, diversificados e vão desde as áreas da manutenção industrial, química e laboratórios à automação e controlo, robótica e informática industrial e aos produtos, serviços e equipamentos de segurança. Incluem a apresentação de máquinas-ferramenta por parte dos fabricantes nacionais e muitas novidades para o mercado no que toca à inovação, às tendências e ao futuro da tecnologia.
Há novidades, em relação ao que estava previsto para 2020?
O facto de termos sido obrigados a adiar a edição de 2020 para esta altura, implicou também a necessidade de se reprogramarem e integrarem algumas novidades. Uma das grandes novidades em 2021 é a inclusão da Bolsa de Emprego no evento, que disponibiliza aos visitantes uma panóplia de oportunidades junto das empresas expositoras.
Para responder aos desafios levantados durante a pandemia, a feira passa a disponibilizar também a plataforma digital E+E EMAF, com vista a promover o conhecimento e o trabalho em rede e para criar um ecossistema global do setor que ajude a fortalecer ainda mais a relação entre visitantes e expositores, ao permitir, nomeadamente, a partilha de experiências, conhecimentos e negócios, promover encontros e ligações, e a ser uma fonte de inspiração contínua para todos os profissionais.
Serão mais de 360 expositores de países como Portugal, Espanha, França, Suíça, Itália e Alemanha, ocupando uma área de cerca de 35.000 m2, como reflexo da performance e da visão do futuro das empresas do setor.
Os setores com maior peso este ano são os das máquinas-ferramenta, automação, robótica, ferramentas, soldadura, componentes para indústria e empresas com inovação tecnológica.
Sim, à semelhança das edições anteriores, a EMAF continua a ser a maior representação da indústria nacional, atraindo também a participação de diversas empresas internacionais, com predominância do mercado espanhol. Serão abrangidos diversos setores e players relevantes no mercado, precisamente porque a feira valoriza a pluralidade na sua oferta e nas oportunidades que potencia.
Continua a existir uma evolução muito grande no setor tecnológico e, como tal, a EMAF procura manter-se a par das tendências ditadas pelo mercado. Assim sendo, para se manter atualizada, a feira abre sempre as suas portas a áreas e players emergentes que vejam valor em juntar-se a ela e que façam sentido no seu conceito. Esta edição não foi exceção.
Existirão uma série de eventos promovidos pelas principais entidades do setor, como a AIMMAP, Revista Segurança, Revista Robótica e por parte de algumas empresas. Com a AIMMAP, será promovida uma conferência e debate subordinados ao tema ‘Inteligência Artificial: Aplicações, Implicações e Especulações’, que focará nos desafios técnicos, éticos e legais da Inteligência Artificial e sobre a transformação digital da indústria. Outro exemplo, promovido em conjunto com a Revista Robótica, é a realização da 10ª edição do Concurso de Inovação EMAF, que visa reforçar os seus eixos de I&D e Inovação, respondendo ao propósito da feira de contribuir para apresentar os mais notáveis avanços do setor.
Qual é a percentagem de expositores internacionais na feira? Que países vão estar presentes?
Os expositores internacionais representam cerca de 20% do espaço ocupado, com predominância de empresas de Espanha, Alemanha, França e Itália.
Qual a vossa previsão no que respeita ao número de visitantes?
Prevemos uma adesão muito positiva, como já é habitual nas outras edições. Os visitantes da feira deverão rondar os 30.000 visitantes.
Sim, está prevista para o início de junho de 2023, mantendo a sua frequência bienal.
Em sintonia com as empresas fabricantes e com a AIMMAP, tomamos a decisão tendo em conta as calendarizações internacionais, de forma a que, em simultâneo, pudesse existir uma aproximação ao turismo de negócios, potenciado pelo excelente clima do nosso país e tornando mais aliciante a vinda de todos os visitantes
Preveem realizar algum evento relevante para a indústria metalomecânica em 2022?
Sim, a feira ‘360 Tech Industry – Tech2Change’, muito focada na indústria 4.0, robótica, tecnologia e inovação, novos materiais, compósitos, etc., deverá realizar-se nos dias 26 e 27 de maio de 2022. Certamente que será também uma feira muito impactante para várias áreas desta indústria e com uma tração bastante aliciante para os seus players.
Finalmente, no que respeita à prevenção da Covid-19, a Exponor prevê implementar medidas especiais, além das impostas pela DGS para a realização deste tipo de eventos?
Vamos cumprir escrupulosamente a legislação e as medidas implementadas pela DGS, reforçando e controlando, em todos os aspetos, dimensões como a higienização permanente e a obrigatoriedade do uso da máscara.
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