A empresa alemã Allod Werkstoff desenvolveu um material ‘inteligente’, termicamente autoregulável, para utilização em housings de sensores destinados à condução autónoma.
O novo material foi desenvolvido no âmbito do projeto 'KMU-innovativ: Innovative Materials Research (ProMat_KMU)', financiado pelo Ministério Federal Alemão da Educação e Investigação, cujo objetivo era desenvolver um material para uma caixa destinada a alojar sensores de radar, que fosse resistente a condições meteorológicas como a condensação e a geada. Além da Allod Werkstoff, participaram neste projeto a Neoplastic (fabricante de moldes alemão), o Fraunhofer Institute for Structural Durability and System Reliability LBF e o fabricante de sensores Tesona.
Com base no perfil do produto pré-definido, foram desenvolvidos e caracterizados, de forma multidisciplinar, materiais específicos. A intenção do consórcio era produzir um material polimérico com um comportamento do termistor PTC (Positive Temperature Coefficient ou Coeficiente de Temperatura Positiva, em português) específico e adequado à transmissão por radar. A durabilidade e o comportamento do material também foram avaliados como fatores importantes.
O desenvolvimento deste projeto foi possível graças às propriedades autorreguladoras de um novo tipo de composto: um material ‘inteligente’ que aquece autonomamente quando entra em contacto com uma fonte de energia e que, quando atinge uma determinada temperatura, se ‘desliga’ também de forma autónoma.
A utilização deste efeito PTC significa que não são necessários sensores de temperatura adicionais nem qualquer outro sistema de desligamento eletrónico.
Desta forma, é possível reduzir significativamente os custos, peso e consumo de combustível do veículo autónomo. Além disso, tanto as características do novo material como o design e geometria inovadores destes housings garantem que o funcionamento dos sensores em quaisquer condições meteorológicas.
Este projeto demonstra que os materiais PTC têm um enorme potencial de utilização no setor dos transportes, mas não só. Pedem também ser utilizados no fabrico de assentos aquecidos com baixo consumo de energia, tapetes de proteção para o local de trabalho ou revestimentos aquecidos para lagos artificiais, entre muitos outros.
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