A Folhadela Rebelo vai estar presente na EMAF 2023, com duas novas representadas na área dos periféricos: a holandesa Movacolor e a alemã Digicolor. Falámos com os responsáveis pela empresa para saber que mais valias trazem estas marcas para o mercado da transformação de plásticos e que outras novidades terão em exposição, de 31 de maio a 3 de junho, na Exponor.
Os desumidificadores da Digicolor têm um sistema de secagem que não utiliza sílica molecular, mas sim um filtro de papel impregnado em dessecante.
Esta é a segunda vez que a Folhadela Rebelo participa na EMAF, a principal feira nacional de máquinas, equipamentos e serviços para a indústria. Manuel Folhadela, sócio-gerente da empresa, explica-nos que, inicialmente, decidiram expor neste certame para “desenvolver outras áreas de negócio fora da indústria de plásticos, como é o caso da área dos banhos de galvanização e da área alimentar, com os sistemas de frio da Frigel. No entanto, pela localização geográfica e pela proximidade com o Norte de Espanha, a feira acaba por atrair muitos visitantes do setor dos plásticos, razão pela qual, este ano, vamos estar no pavilhão 3, onde estarão também outras empresas do ramo”.
Em especial destaque no stand da empresa (Pavilhão 3, Stand A02) estarão as novas representadas no segmento dos periféricos: a Movacolor e a Digicolor, ambas marcas conhecidas dos transformadores de plásticos portugueses, apesar de, até há pouco tempo, apenas uma, a Movacolor, ter representação em território nacional.
“Sentíamos a necessidade de oferecer aos nossos clientes uma gama mais variada de equipamentos de alimentação automática, secagem de matéria-prima e doseamento de corantes”, refere Rui Folhadela, sócio-gerente da empresa. “Já tínhamos em carteira as soluções da Virginio, mas, apesar de se tratarem de equipamentos muito fiáveis, a gama que esta marca disponibiliza é limitada”, acrescenta.
Em vigor desde janeiro deste ano, os dois acordos de distribuição vêm colmatar esta lacuna. “Estamos a ter uma aceitação muito boa de ambas as marcas. Ambas oferecem um produto de grande qualidade, com uma forte aposta na poupança de energia e de materiais”, destaca Manuel Folhadela.
Durante a EMAF, estará em exibição uma máquina de injeção de 120T, 100 % elétrica, Precision Moulding, da KraussMaffei. Produzida nas fábricas da marca alemã na China e com menos extras que o modelo europeu, “esta máquina chega ao mercado numa gama de preços muito atrativa, perfeitamente adequada às expectativas e necessidades do mercado nacional”, considera Rui Folhadela. Na feira, a máquina estará equipada com os sistemas da Movacolor e da Digicolor.
Os visitantes do stand da empresa poderão encontrar também o já conhecido sistema de refrigeração integrada Ecodry, da Frigel, e a nova série de termorreguladores eMold S, da Reglolas, com variadores de bomba, que se destacam pela elevada eficiência energética. “Estes aparelhos detetam a necessidade de caudal e de pressão, adaptando o funcionamento da bomba à mesma”, refere Rui Folhadela.
Empresa de caráter familiar, a Digicolor tem vindo a crescer a nível mundial e conta, na sua carteira de clientes, com marcas de renome como a Lego.
Desta representada, a Folhadela Rebelo aposta essencialmente nos sistemas de alimentação centralizada, que comportam entre 3 e 20 máquinas, e nos desumidificadores. “A Digicolor tem a particularidade de vender um sistema de secagem patenteado único no mercado, que não utiliza sílica molecular, mas sim um filtro de papel impregnado em dessecante”, explica-nos Hugo Pontes, gestor comercial da empresa.
De acordo com a própria marca, este sistema oferece diversas vantagens. Por um lado, elimina o perigo de migração de pó de sílica para a matéria-prima - aspeto particularmente crítico na produção para a indústria alimentar - e, por outro, elimina a necessidade de uso de água ou ar comprimido, ao contrário do que acontece nos equipamentos tradicionais de dois tanques.
Além disso, permite otimizar a produção através do ajuste de todos os parâmetros de secagem como a quantidade específica de ar seco necessária, a temperatura e o tempo de secagem ou o ponto de orvalho. De acordo com Hugo Pontes, isto representa uma poupança energética que pode ir até aos 40% em relação aos sistemas convencionais. “Numa altura em que as empresas procuram baixar os custos com a energia, esta é uma grande mais-valia”, assegura. “Inclusive, já temos um cliente em Portugal a utilizar estas estufas numa nova unidade fabril, com muito bons resultados”, acrescenta.
Desumidificador da Digicolor.
Especialista em dosagem de material, a Movacolor tem vindo a apostar na elevada precisão dos seus equipamentos. Um dos seus mais recentes desenvolvimentos, o doseador optométrico MCNexus, consegue dosear quantidades de masterbach tão pequenas como um só pellet por ‘shot’.
O princípio de funcionamento do MCNexus é simples. Um fornecimento de ar comprimido standard cria vácuo através de um cartucho de ar. Um disco de dosagem recolhe os pellets individuais um a um. Por fim, o pellet é descarregado com o mesmo ar comprimido. Resultado: contagem de pellets com 100% de precisão. Para reduzir o número de componentes, o MCNexus é fabricado com impressão 3D. Isto permite personalizar a ligação à máquina de produção.
Além da poupança de material que oferece, a elevada precisão desta unidade ultracompacta torna-a particularmente indicada para aplicações de micro-injeção de componentes eletrónicos.
Dentro desta marca, Hugo Pontes destaca também o sistema MCI Fuse, que pode ser uma importante ferramenta para os fabricantes de embalagem PET, cada vez mais confrontados com a necessidade de incorporar reciclado na produção. “O sistema consegue, através de um fuso, aquecer o PET e compacta-lo à entrada do ‘shot’, sempre com um peso de reciclado pré-definido”.
Uma nota final para o sistema de poliestireno expandido da Movacolor, muito utilizado na produção de solas para calçado de desporto. “Este sistema permitiu-nos entrar num mercado novo para a Folhadela Rebelo e a verdade é que já conseguimos instalá-lo numa fábrica que, graças a ele, vai passar a produzir cá as solas de uma marca internacional que, antes, eram feitas fora”, assinala o gestor comercial.
Na última K, a KraussMaffei apresentou as suas duas primeiras máquinas de impressão 3D: a PowerPrint (grande formato) e a PrecisionPrint (pequeno formato).
De acordo com Rui Folhadela, a máquina de grande formato vai começar a ser instalada já no próximo mês em unidades de empresas parceiras, para a fase de testes, e deverá iniciar a fase de industrialização antes do final do ano. Já a de pequeno formato só deverá começar a ser produzida em 2024.
“A impressão 3D oferece inúmeras vantagens ao mercado da injeção de plásticos, nomeadamente ao eliminar a necessidade de produção de moldes protótipo. Além disso, com a capacidade que a nossa tecnologia tem de imprimir diversos tipos de matérias-primas, o cliente pode usá-la para fazer peças de teste da própria matéria-prima, o que é muito importante”, conclui o responsável.
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