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Presentes em diversos produtos de consumo, as PFAS acumulam-se no ambiente, na água potável e nos alimentos, com riscos para a saúde humana

Investigadores da Nova FCT coordenam projeto para mitigar os riscos da contaminação por PFAS

19/04/2024

A Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa | Nova FCT anuncia a coordenação do projeto Alert-PFAS, que tem como principal objetivo desenhar e implementar uma estratégia transnacional para detetar, prevenir e mitigar a contaminação por PFAS nos espaços naturais do Sudoeste da Europa.

As PFAS são substâncias químicas (perfluoroalquilas e polifluoroalquilas), altamente poluentes, que estão presentes em diversos produtos de consumo, desde panelas antiaderentes, a roupas ou cosméticos. A presença de PFAS nos ecossistemas naturais acarreta sérios riscos, dado que se trata de substâncias que representam um risco para a biodiversidade e saúde humana, contribuindo também para as alterações climáticas ao poluírem o ar, o solo e a água.

A investigação e o desenvolvimento do projeto coordenado pela Nova FCT visa oferecer uma solução inovadora que permitirá detetar e monitorizar as PFAS em tempo real, prevenindo assim a sua acumulação e dispersão no ambiente. Neste projeto, serão realizadas várias ações piloto em parques naturais e áreas protegidas em Portugal, Espanha e França, especialmente aquelas afetadas por incêndios recentes.

Contaminação por PFAS na Europa, de acordo com um estudo realizado no âmbito do projeto Forever Pollution...
Contaminação por PFAS na Europa, de acordo com um estudo realizado no âmbito do projeto Forever Pollution, iniciativa dos meios de comunicação social Le Monde (França), NDR, WDR e Süddeutsche Zeitung (Alemanha), Radar Magazine e Le Scienze (Itália), The Investigative Desk e NRC (Países Baixos). Créditos: Forever Pollution Project / Le Monde

O Alert-PFAS concentra-se na implementação de tecnologias avançadas, como sensores óticos, processos de adsorção e degradação, materiais poliméricos, nanotecnologia e inteligência artificial. Adicionalmente, visa também formar e sensibilizar todos os intervenientes na cadeia de valor, incluindo a população local.

Co-financiado pelo programa de cooperação Interreg Sudoe, o Alert-PFAS tem um orçamento de €1.845.945,00, sendo 75% cofinanciado pela União Europeia através do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER). O projeto reúne especialistas do sistema científico, centros de tecnologia, entidades públicas, fundações especializadas em transferência de conhecimento e uma entidade pública com competências em combate a incêndios e resgate, contando também com o apoio de 12 parceiros associados dos 3 países.

O Alert-PFAS é composto por dez entidades: Nova FCT e Instituto de Telecomunicações (em Portugal); Fundación Empresa Universidad Gallega, Principado de Asturias, CETaqua, Universidad de Vigo e Fundación General de la Universidad de Burgos (em Espanha); Université Clermont Auvergne, Centre National de la Recherche Scientifique e Service Départemental d’Incendie et de Secours de l’Hérault Parc de Bel Air (França).

O que são os PFAS e quais os riscos para o ambiente e saúde humana?

As substâncias perfluoroalquilas e polifluoroalquilas (PFAS) representam uma crescente preocupação na Europa devido à sua persistência no ambiente e ao seu potencial impacto prejudicial na saúde humana e no ecossistema. Com mais de 4.700 produtos químicos nesta categoria, as PFAS acumulam-se ao longo do tempo em humanos e no ambiente. A maioria é considerada moderadamente a altamente tóxica, especialmente para o desenvolvimento das crianças.

Atividades de monitorização nacional detetaram a presença de PFAS no ambiente em toda a Europa, e a produção e uso destes compostos em produtos resultaram na contaminação dos abastecimentos de água potável em vários países europeus. Em áreas altamente poluídas, as concentrações de PFAS na água potável excederam o valor limite proposto para PFAS individuais na Diretiva Europeia sobre Água Potável de 2018.

As PFAS de cadeia longa acumulam-se em humanos, animais e sedimentos/solos, enquanto as PFAS de cadeia curta acumulam-se no ambiente devido à sua persistência e alta mobilidade no ar e água. Uma avaliação (o Projeto Poluição Eterna) concluiu que uma considerável proporção da população europeia poderia exceder a ingestão semanal tolerável devido à exposição as PFAS através de alimentos e água potável.

Por sua vez, os custos para a sociedade decorrentes da exposição aos PFAS são elevados, com custos de saúde anuais estimados entre 52 a 84 mil milhões de euros em toda a Europa, de acordo com um estudo recente (o Projeto Poluição Eterna).

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